“Perseverança, mansidão e firmeza” é tema dos 66 anos da CNBB

No próximo dia 14 de outubro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) completa 66 anos. Para celebrar a data, a instituição fundada em 1952, no Rio de Janeiro, vai promover um evento de integração entre os colaboradores da Matriz com o projeto social da entidade “Correndo atrás de um Sonho”.

A programação vai contar com uma corrida de rua, a Santa Missa, a apresentação de um documentário sobre o “Correndo atrás de um Sonho” e o lançamento da pedra fundamental da sede do projeto social, que fica no Incra 08, em Brazlândia (DF).

A corrida vai ser dividida em duas categorias, adulta e infantil. Haverá ainda a entrega de troféus para os três primeiros colocados e medalhas para todos os 400 corredores que vão participar da prova adulta de 6km e infantil de 600 metros.

Idealizado pelo ex-corredor de rua, Gesifran Martins Messias, e assumido pela CNBB, o projeto tem como finalidade educar por meio da prática esportiva, de modo especial, do atletismo. Atualmente, a iniciativa contempla cerca de 50 crianças e pais.

Manhã de Oração

Além disso, até esta quinta-feira (11), está sendo realizado na matriz um tríduo preparatório para festa. Cada dia, os colaboradores se reúnem para rezar motivados pelas palavras: perseverança, mansidão e firmeza que compõem o lema da CNBB para de outubro de 2018/2019. “A ideia é celebrar as conquistas do Secretariado-Geral 2011-2015 e 2015-2019. Aí presentes os assessores e colaboradores. Continuamos unidos e felizes, para oferecer o melhor para a presidência que será eleita em 2019. Nossa motivação é perseverar no processo do servir profissional, eclesial e social, com mansidão e firmeza. Nossa alegria é servir. Perseverantes no bem”, explica o subsecretário Adjunto geral da CNBB, padre Antônio da Paixão (Nequinho).

Durante a manhã de oração, uma das funcionárias mais antigas da CNBB – mais de 30 anos de casa, Sônia Carvalhedo, mais conhecida como Soninha compartilhou a preocupação e o cuidado que dom Luciano Mendes de Almeida, que foi secretário geral e presidente da entidade tinha com os colaboradores.

“Ele tinha uma preocupação com os colaboradores que moravam longe e determinou que o café da manhã fosse conjunto entre os bispos e funcionários. Além disso, antes de deixar o cargo pediu que o direito ao café fosse registrado na carteira de trabalho. Ele tinha esse sonho da unidade”, lembra Soninha, que conviveu com maioria dos secretários gerais desde a vinda da CNBB para Brasília.

Foi no Rio de Janeiro que nasceu o projeto da CNBB. A reunião de instalação da entidade foi realizada no palácio São Joaquim, na capital Fluminense, onde ocorreu também a eleição da comissão permanente encarregada de dirigir a entidade.

Dom Helder Câmara, então bispo auxiliar do Rio, deu o ponta é inicial na instalação do Secretariado Nacional da Ação Católica Brasileira, precursora da conferência episcopal Em dezembro de 1950, dom Helder apresentou sua ideia da CNBB ao então integrante da secretaria de Estado do Vaticano, monsenhor Giovanni Battista Montini, que seria eleito papa Paulo VI. Em menos de três meses, após a eleição do pontífice, foi fundada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Dom Helder foi secretário-geral da entidade em duas oportunidades: ele foi o primeiro, de 14 de outubro de 1952 até 10 de julho de 1958. Na quarta assembleia ordinária da Conferência, houve a reeleição para o cargo, que ocupou até o dia 27 de outubro de 1964.

Além da criação da CNBB, dom Helder é lembrado por sua atuação em favor da defesa da liberdade e dos mais necessitados. Durante o período de ditadura militar no Brasil, após ser empossado como arcebispo de Recife e Olinda, dom Helder e mais 17 bispos do Nordeste pediram a liberdade das pessoas e da Igreja.

De lá pra cá foram muitos presidentes e secretários gerais no comando da CNBB que é considerada a terceira maior do mundo reconhecida pela Santa Sé, e que nasceu dez anos antes do Vaticano II.

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