Papa chega a Seul e encoraja Coreias à reconciliação

O Papa Francisco chegou à Coreia do Sul na manhã desta quinta-feira (14), depois de 11 onze horas de viagem. O fuso horário do país é de 12 horas a mais em relação à Brasília Ao chegar em Seul, por volta das 10h15 locais, o Papa foi recebido pela presidente Park – Geun-Hye e outras autoridades civis e eclesiásticas. O Santo Padre começa hoje uma visita de cinco dias, dentro da celebração da sexta Jornada da Juventude Asiática.

Em seu primeiro discurso dirigido às autoridades civis e religiosas do país, no Palácio Presidencial no final da tarde, manifestou o seu desejo pela reconciliação e paz na Península Coreana. “Exprimo o meu apreço pelos esforços feitos a favor da reconciliação e da estabilidade na Península Coreana e encorajo tais esforços, que são o único caminho seguro para uma paz duradoura”. Francisco disse ainda que “a busca da paz por parte da Coreia é uma causa que nos está particularmente a peito, pois concorre para a estabilidade de toda a região e do mundo inteiro, cansado da guerra”, completou.

O Santo Padre disse ainda sobre a alegria de visitar um país que possui um belo povo e uma riqueza histórica e cultural mesmo diante de momentos de grande dificuldade. “Esta herança nacional foi posta à prova pela violência, a perseguição e a guerra, mas, não obstante essas provas, sempre prevaleceu o ‘calmo amanhecer’, quando o calor do dia ainda não se impôs e a escuridão da noite já se foi, ou seja, uma inalterável esperança de justiça, paz e unidade”, observou.

As Coreias do Norte e do Sul vivem um acordo de armistício, mas que não representa a paz definitiva. O documento foi assinado depois da guerra que aconteceu nos anos de 1950 e 1953. A unificação entre as Coreias apresenta-se cada vez mais distante, uma vez que o Norte reforça frequentemente seu polêmico programa nuclear. Segundo informações de agências internacionais, o governo da Coreia do Norte confirmou o lançamento de cinco mísseis de curto alcance na chegada do Papa Francisco a Seul.

A visita do Pontífice foi avaliada como um momento importante para toda a Igreja como também para o mundo da diplomacia. A presidente sul-coreana ao receber o Papa falou sobre o desejo de alcançar a paz e a reconciliação.”Nós coreanos acreditamos que a dor das Coreias pode ser curada com sua visita e esperamos que esta nos leve à reconciliação”.

No domingo (18) o pontífice encerrará a visita com um forte apelo aos dois governos, na Missa pela paz e reconciliação na Catedral de Seul.

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