Uma semente que aos cuidados do Divino Semeador, na fecundidade dos conhecimentos humanos e divinos, se nutre e fortalece para a missão de dar bons frutos no pomar de Deus e gerar novos rebentos. É um menino, é um jovem, é um homem que se prepara para ter nos lábios o sorriso de Cristo, espalhar nos campos do mundo o bom odor do Lavrador Eterno.
Como as pessoas simples tem o dom de traduzir os pensamentos de Deus e clarear sua vontade! Chamam MISSIONARISTA este convocado para a seara, este aprendiz de operário da messe. Iluminação do Bom Pastor, no Espírito de Amor, que antes de ordenar seus amigos para a oferta do sacrifício santo, envia-os para falar de Deus como cuidador, carinhoso. Todo amor é vocação e toda vocação é chamado para a missão. Assim, ainda no celeiro das vocações, o ardor missionário, a necessidade de fazer conhecer o tesouro encontrado e o bem dos homens todos, deve inflamar visceralmente o seminarista.
Bela expressão essa: “missionarista”. palavrinha de Deus: “missionário mais seminarista”; exprime a consciência de que vocação não tem sentindo sem a decisão de ecoar com a vida o chamado do mestre e à semelhança dele tocar com ternura para suavizar as feridas dos homens.
Ser missionarista faz o seminarista olhar para além de sua mesa de estudos e de refeições, de seus horários do seminário, dos colóquios com o “Cuidador da Vinha” na capela, da fraterna convivência com os outros “convocados” e das saudades do aconchego de casa, dos familiares e dos amigos, e enxergar o rosto de Jesus nas pessoas e ouvir os apelos de Deus. Deste olhar cioso vem a decisão de dar tudo, de dar a si mesmo, não guardar nada, no martírio branco, cotidiano, à conta-gotas, para que as pessoas sintam-se amadas e amem Aquele nos amou primeiro.
É difícil tornar um “já padre” missionário. Um missionário vocacionado, um missionarista, é, portanto, um Dom: um Dom de Deus para as ovelhas enfraquecidas, esquecidas, endurecidas e distantes dos caminhos do Rebanho. Um missionarista é um “pescador de ovelhas”, não para se aproveitar de seu leite, roubar sua lã e engordar de sua carne, mas para tosquiá-la o necessário, nutri-la e mantê-la segura nos campos do Verdadeiro Pastor. Um missionário sacerdote configura a sua entrega ao sacrifício de Cristo. Jesus, o Missionário do Pai, faz de seus amigos missionários do Reino, assim seus amigos tornam-se na alegria semeadores de esperança.
Um missionarista é um seminarista que compreendeu que seu chamado não é uma regalia individual ou um mérito pessoal, mas sim uma convocação para servir, mas não de qualquer jeito ou do seu jeito, mas na generosidade, na acolhida e na gratuidade, próprias de Deus. Sentir, tocar, aliviar, enfim missionar. Ser missionarista, agora e depois, em qualquer lugar e em todos os lugares, com vida toda e para toda a vida.