A Vivência do diaconado transitório em meio à pandemia pelo Diác. Marcos Vinícius

Após a Ordenação Diaconal no dia 27 de dezembro do ano passado, fui acolhido no dia 9 de fevereiro na Paróquia São José Operário em Picos-PI para vivenciar o período do meu diaconato transitório. O Pe. Francisco de Assis, pároco, juntamente com todos os fiéis da mencionada paróquia me acolheram de braços e corações abertos, não medindo esforços para que me sentisse bem e desempenhasse a missão a mim confiada pelo sacramento recebido de “servir ao Povo de Deus em união com o Bispo e seu presbitério, no ministério da Liturgia, da palavra e da caridade” (cf. LG n. 29).

Durante o mês de fevereiro até meados de março desempenhamos atividades como celebrações, encontros, momentos de espiritualidade e visitas missionárias no território da paróquia e também junto à Pastoral da Saúde e a Cáritas Diocesana de Picos. Foi um período de grande aprendizado e conhecimento, acompanhando de perto o dia-a-dia do pároco e os trabalhos dos grupos, movimentos e pastorais.

Contudo, a Pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19) chegou ao nosso Estado e mudou toda essa realidade vivida até então. A agenda de compromissos que se estendia até o mês de junho cedeu lugar ao isolamento social. De início foi muito desafiador de se adaptar à nova realidade. Da correria que até então estávamos acostumados nos estou apenas o Templo vazio e o celular.

Logo no primeiro dia da quarentena, 19 de março, dia de São José, o Pe. Francisco de Assis e eu firmamos o compromisso de colocar em prática de modo ainda mais fervoroso e constante a promessa que fizemos em nossas ordenações de rezar pelo Povo de Deus. E foi assim que o Templo vazio, embora ainda permaneça assim, fisicamente falando, foi se enchendo aos poucos de ecos de orações que sobem aos céus e visita a cada família da nossa paróquia, nossos amigos e familiares.

O celular se mostrou então um grande aliado na nova evangelização. As redes sociais se tornaram nossas “salas pastorais”, nossos lugares de encontro com os fiéis. Conversas, orientações, conselhos, formações para os grupos e até mesmo a santa Liturgia tem sido realizados e vivenciados através das redes sociais. Sem sair de casa, nem do Templo, visitamos diariamente a casa dos nossos paroquianos, entramos nas suas residências e mais ainda, no seio de suas famílias e de seus corações.

O isolamento social não nos afastou enquanto Igreja, mas nos uniu de uma forma tão antiga e tão nova, através da oração. A missão diaconal continua sendo exercida no cuidado com a Liturgia, na preparação das reflexões da Palavra e na vivência da caridade através do auxílio que prestamos às famílias carentes da nossa paróquia. O serviço, distintivo do diácono na Igreja católica, mudou a forma e a metodologia de ser exercido, mas continua firme e autêntico.

Não poderia deixar de agradecer aqui ao nosso Bispo Diocesano, Dom Plínio José Luz da Silva, ao nosso Pároco, Pe. Francisco de Assis, e a todos que fazem parte da Pastoral da Saúde e da Cáritas Diocesana de Picos pela acolhida para com a minha pessoa. Seguimos firmes e unidos na missão de anunciar Jesus, o Cristo Ressuscitado, à todos os povos.

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